CCR lucra, mas não duplica: OAB cobra fim do pedágio ou conclusão das obras na BR-163
A duplicação da BR-163 em Mato Grosso do Sul se tornou um impasse que penaliza milhares de motoristas diariamente. A concessionária CCR MSVia, responsável pela administração da rodovia, arrecada com pedágios desde 2014, mas grande parte da duplicação prometida ainda não foi concluída. O resultado é uma estrada sobrecarregada, perigosa e com alto índice de acidentes, afetando tanto a segurança dos usuários quanto o escoamento da produção agropecuária do estado.
O contrato inicial previa a duplicação de toda a rodovia até 2019, porém, apenas um trecho foi entregue. Enquanto isso, motoristas continuam pagando tarifas elevadas sem receber em troca uma estrada segura e eficiente. O descaso se reflete no cotidiano de quem depende da BR-163 para trabalhar, estudar e transportar mercadorias. Caminhoneiros, empresários e moradores da região são os maiores prejudicados, enfrentando longos congestionamentos e riscos constantes de acidentes fatais.
Diante desse cenário, cresce a mobilização por soluções urgentes. Entidades como a OAB/MS e representantes da sociedade civil defendem que, ou a CCR MSVia conclua as obras conforme previsto, ou a cobrança de pedágio seja suspensa até que a duplicação seja finalizada. A concessão de rodovias deve garantir melhorias reais na infraestrutura, e não apenas servir como fonte de arrecadação sem contrapartida.
A situação exige uma resposta firme das autoridades e órgãos reguladores. A população não pode continuar arcando com tarifas sem retorno enquanto a empresa lucra com um serviço inacabado. Se a concessionária não tem condições de cumprir o contrato, medidas devem ser tomadas para garantir que a BR-163 receba os investimentos necessários para sua duplicação completa. Afinal, segurança e respeito ao cidadão devem estar acima dos interesses financeiros.
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