Ensaio fotográfico homenageia Drº Feliciano, vítima da Covid-19
Há um mês Dourados recebia a triste notícia de que um dos médicos mais conhecidos e conceituados perdia a batalha para Covid-19. Feliciano Esteban Corrales Lopez, era boliviano, formado em Direito, mas foi no Brasil que a paixão pela medicina tomou forma e os desafios começaram.
O Alô Dourados acompanhou um ensaio fotográfico feito pelos filhos do médico, Walker Irving Macedo Corrales, Waleska Krishna Macedo Corrales, Alexandra Gissela Maura Duran Corrales, e Alexandre Henrique Victor Duran Corrales. As fotos retratam a paixão que Feliciano tinha pela profissão.
“O pai sempre contou sobre sua trajetória, começou a trabalhar bem novo, formou-se em Direito e depois veio para o Brasil cursar medicina, passou por desafios, afinal é um país com cultura, língua e costumes diferentes do seu. Ele contava que sofreu preconceito por conta da nacionalidade, mas isso não fez ele desistir”, comenta Walker, um dos filhos, com exclusividade à reportagem.
A perca se estende aos familiares, amigos, mas também pacientes. Os ensinamentos do médico, esposo, pai, vai ficar para sempre vivo na memória e no coração de quem conheceu o guerreiro profissional boliviano.
“Para nós [os cinco filhos], deixou ensinamentos, valores que nunca esqueceremos, temos orgulho da pessoa que ele era, um pai muito brincalhão, mas sabia a hora de fazer as cobranças em relação ao estudo para que cada um alcançasse o que deseja. Quando havia eventos importantes como formaturas, primeira comunhão, premiação, ele sempre dava um jeito de ir. A maneira como ele olhava o mundo era diferente, talvez devido a sua história”, comenta o filho.
Drº Feliciano ia além dos consultórios médicos, era uma pessoa simples que amava a família, e adorava momentos que principalmente com a pandemia do Novo Coronavírus, estão fazendo falta para todos.
Eram coisas simples que bastava para alegrar o dia, um churrasco de sábado com uma cerveja e uma sinuca, horas conversando sobre o que faria quando fosse se aposentar.
“A vida sem ele não vai ser a mesma, lições que não deu tempo de ele ensinar por não ser a hora do filho, a correria do dia, essa vai ser a sentida, anos vivendo com isso para um momento acabar do nada, mas cada um vai honrar o nome dele, nunca esqueceremos do que ele falava, ‘se for ser médico que seja melhor que eu’, finaliza.
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Abel Corrales